Pergunto-me
se me termino por aqui
onde o tempo viaja
mas não volta.
Onde a disputa do meu ser
se mistura entre poemas
poemas de amor e de guerra.
Das manhãs frias
dos rasgos da minha memória
dos açoites de vara fina
que alinhavam
as folhas secas espalhadas
pelo chão do meu corpo.
Pergunto-me
porque me pariram
em tragos de dor
se o desejo nada mendigava à vontade
da parida vontade que me pariu.
Pergunto-me porque persisto
nesta persistência
no tempo que viaja mas não volta
resta-me o presente rasgado
pela subsistência de cada dia
por
Conceição Bernardino
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